quarta-feira, 25 de abril de 2012

FUNGOS NAS UNHAS


               ONICOMICOSE    (FUNGOS NAS UNHAS)


                                   
-As onicomicoses (micoses das unhas) têm vindo a aumentar a sua incidência em todo o mundo. Porém, com o aparecimento dos novos fármacos antifúngicos surgiu a possibilidade de se obterem curas para esta situação que, anteriormente, era bastante difícil de abordar com sucesso.

O que é

A onicomicose consiste na invasão do aparelho ungueal ("unhas") por fungos.
A incidência real é desconhecida mas trata-se, sem dúvida, de uma afecção bastante comum. A prevalência de onicomicose na população mundial estima-se entre os 2 e os 20 % e, para alguns autores, representam cerca de 50 % de todas as doenças das unhas.
As onicomicoses estão frequentemente associadas a dermatomicose. As unhas dos pés são mais frequentemente afetadas que as unhas das mãos, são muito raras em crianças, nas mulheres aumentam com o avanço da idade, enquanto que nos homens são mais frequentes nos adultos jovens ou de meia idade.
Quais as causas

As onicomicoses dos dedos das mãos são quase sempre provocadas por dermatófitos - fungos da pele e faneras (pêlos e unhas) . Nos pés a situação ecológica particular determinada pelas meias e calçado e contacto com solos e soalhos diversos, levam a que sejam mais variadas as fontes de infecção podendo surgir outros fungos e bactérias.
Há indivíduos com resistência acrescida à infecção fúngica e que, por motivos desconhecidos, não se contagiam com cônjuges afetados e outras pessoas mais predispostas.
Por outro lado, existem condições sistémicas que predispõem à ocorrência de onicomicoses: imunodeficiências, diabetes, psoríase, etc.

Quais os sintomas

Quando uma micose se instala nas unhas, estas podem sofrer um espessamento, alterar a sua forma e aparência, mudar a sua coloração e, algumas vezes tornarem-se mais frágeis e quebradiças e, em outros casos, ficar endurecidas. Em alguns casos, a unha pode descolar-se da pele do dedo.
Noutros casos, as onicomicoses não apresentam sintomas, mas podem ser a porta de entrada para outras infecções, como a erisipela (que é uma infecção bacteriana da pele).

                                                 


Como se diagnostica
O diagnóstico assenta na observação clínica das lesões ungueais que são características.
O diagnóstico é, depois, confirmado por exame micológico (do fungo) direto e cultural.
No exame direto, utilizam-se substâncias que permitem identificar a presença do agente causador da infecção.
O exame cultural faz-se em meios de cultura especiais que visam igualmente demonstrar a presença do fungo nas lesões.
É fundamental para o sucesso destes exames que a colheita seja feita em áreas do aparelho ungueal com atividade fúngica, no bordo invasivo da lesão.
O exame histopatológico da biópsia demonstra se o fungo é realmente invasivo ou apenas comensal. É útil no diagnóstico diferencial com outras dermatopatias (doenças da pele).

Como se desenvolve

Uma onicomicose não diagnosticada e não tratada constitui uma porta de entrada para múltiplos microorganismos que, uma vez em circulação, podem determinar infecções graves. É por isso imprescindível que a onicomicose seja detectada precocemente e tratada prontamente.

Formas de tratamento

A onicomicose pode ser curada desde que sejam utilizados os medicamentos e recursos adequados ao seu tratamento.
Deve-se recorrer a um dermatologista, pois este é o médico especializado neste tipo de infecção.
Em geral, o tratamento da onicomicose tem duração relativamente longa, ou seja, dura várias semanas ou meses. Atualmente, os medicamentos e recursos modernos encurtaram o período de tratamento, que antigamente era muito mais longo.
Além disso, é necessário manter boas condições de limpeza das unhas, evitar o uso de meias que criem ou mantenham o "ambiente" húmido (meias de fio sintético), evitar calçado ou outros fatores que causem ferimentos nos pés, manter ambientes como lavatórios, banheiras, piscinas, vestiários, etc. limpos e, na medida do possível, secos; usar somente instrumentos limpos e esterilizados na manicure.
Um ponto importante no tratamento é seguir correta e rigorosamente a prescrição médica, pois se todos os fungos não forem eliminados a micose pode recidivar.
Após o tratamento, com eliminação do fungo, a unha continua o seu processo natural de crescimento, dando lugar a uma unha saudável e de boa aparência.

                                                                                                                           



Formas de prevenção

A transmissão direta entre os portadores de onicomicose não é comum. Entretanto, um indivíduo com a doença constitui uma fonte de infecção, pois os fungos que estão nas suas unhas, em grande quantidade, podem passar para o ambiente, como por exemplo numa casa de banho, numa manicure ou em vestiários, e facilitar a infecção de outras pessoas.

Os fungos presentes nas unhas podem também infectar outras partes do corpo, como os pés e a região entre os dedos dos pés, causando micoses como "frieiras" ou "pé de atleta". Outras regiões do corpo podem também ser infectadas dando origem a outras micoses.
Os hábitos de higiene rigorosos são a melhor forma de prevenir a onicomicose.
Outras designações





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"Micose das unhas"

Quando consultar o médico especialista
Deve consultar o seu médico assistente se desenvolver os sintomas da doença.
Pessoas mais predispostas
Existem grupos populacionais predispostos para as onicomicoses e fatores associados a uma resposta fraca à terapêutica antifúngica que, compreendem: fatores genéticos; ambientais (as infecções fúngicas são raras nas pessoas que andam habitualmente com os pés descalços); condições sistémicas sobretudo ligadas à imunodeficiência, diabetes, psoríase; características locais das unhas (por exemplo, trauma) e, fatores mistos que vão desde o diagnóstico incorreto ao não cumprimento pelos doentes do tratamento prescrito.

Onicomicoses

As onicomicoses são infecções das unhas causadas por microorganismos vulgarmente denominados por fungos.

Os fungos desenvolvem-se facilmente neste habitat, alimentando-se de queratina (substância responsável pela rigidez das unhas).
As onicomicoses, além de incómodas e de aspecto desagradável, podem tornar-se muito dolorosas.
Estima-se que esta doença atinja mais de 20 por cento da população europeia e mais de um milhão e meio de portugueses.

A unha do dedo grande do pé é, habitualmente, a primeira a ser afetada. No entanto, todas as unhas dos pés e das mãos podem ser afetadas.
A unha afetada normalmente fica com uma cor amarela escura/acastanhada ou tem manchas brancas, torna-se fraca, quebradiça e tende a separar-se da base. A unha afetada pode também ter um odor estranho. A onicomicose limita as normais atividades das pessoas pois torna doloroso o uso de sapatos, condiciona o andar, para além de ser extremamente desconfortável, inconveniente e embaraçosa.

Como surge?

As infecções das unhas causadas por fungos, ou seja, as onicomicoses resultam do crescimento desses microrganismos na pele debaixo da unha.
Todas as pessoas podem contrair onicomicoses, contudo há pessoas com maior tendência para sofrer da infecção:
Quem usa piscinas e/ou balneários públicos
Os praticantes de desporto e as pessoas mais idosas
Os que têm pé-de-atleta
Profissionais de limpeza e jardinagem
Quem tem problemas como a diabetes, obesidade, podológicos, doenças cardiovasculares e imunodeficiências, etc

                                                       


As onicomicoses normalmente surgem por exposição direta aos microorganismos. Usualmente as unhas entram em contato direto com o fungo ou são invadidas por contágio pela infecção (pé-de-atleta).
Primeiros sinais de onicomicose
Todas as alterações das unhas devem ser vistas pelo médico.
Os primeiros sinais da doença correspondem à modificação da cor da unha (amarelada ou esbranquiçada), ao seu espessamento, com aparecimento de depósito (tipo farinha) por baixo da unha, com engrossamento progressivo e alteração da forma.

Que consequências?

As onicomicoses não são apenas uma questão estética, mas um problema de saúde pública podendo afetar seriamente a qualidade de vida dos doentes.
Aliás, podem causar graves complicações se não tratadas a tempo, nomeadamente:
Dor e desconforto ao andar e calçar os sapatos
Reaparecimento de micoses na pele do pé (como o pé-de-atleta), após já terem sido tratadas
Aparecimento de infecções bacterianas
Agravamento do pé diabético
Redução das defesas do individuo para infecções por fungos
Contágio de outras pessoas
Existem ainda os efeitos psicológicos da doença
Causa embaraço e vergonha
Provoca medo de contágio a outras pessoas;
Pode ser responsável por vários problemas profissionais.

Como tratar?


                                                                                                              

De acordo com a gravidade de cada situação, o médico poderá recomendar diferentes tipos de tratamento, nomeadamente:
Tratamento tópico: antifúngicos em verniz. Após a aplicação na superfície da unha, penetram, destruindo diretamente o fungo;
Tratamento oral: antifúngicos em comprimidos ou cápsulas;
Tratamento com associação de antifúngicos orais e tópicos.
Numa fase inicial a utilização adequada de alguns vernizes antifúngicos poderá ser eficaz em cerca de 75% das onicomicoses.
Numa fase mais avançada, em que há envolvimento da raiz ou de mais de 50% da unha, para além da utilização destes vernizes, há necessidade de tratamento combinado com comprimidos ou cápsulas antifúngicas.
O tempo de medicação oral, na maioria dos casos, varia entre 2 a 3 meses para as mãos e 3 a 4 meses para os pés, mas a medicação local é necessária até a unha ficar completamente bem, o que poderá durar, em média, 6 meses nas mãos e 12 meses nos pés.
A interrupção do tratamento favorece a persistência do fungo, ou a sua recaída, por vezes, com desenvolvimento de resistências.

O papel do médico

Em Portugal, os dermatologistas e os clínicos gerais estão atentos às evoluções nesta área. O acompanhamento de pessoas com onicomicose garante a utilização dos tratamentos mais eficazes, contribuindo desta forma para a melhoria substancial da qualidade de vida destes doentes.
Em particular, o papel do dermatologista é crucial neste domínio, já que ele tem conhecimentos e treino adequados que lhe permitem diagnosticar outras doenças das unhas que de outra forma seriam diagnosticadas erradamente como onicomicoses e formação para empreender uma estratégia terapêutica de nível individual e coletivo, essencial para dominar um problema crescente de saúde pública.
Por esse motivo, o aconselhamento médico é sempre a melhor opção para todos.


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